O DESERTOR DE PRINCESA

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O Desertor de Princesa ocupa um lugar de especial relevância na dramaturgia de Ariano Suassuna. Em sua versão original, de 1948, ainda sob o título Cantam as Harpas de Sião, foi esta a primeira peça do autor a ser encenada, tendo estreado a 18 de setembro do mesmo ano, com direção de Hermilo Borba Filho e cenários e figurinos assinados por Aloisio Magalhães. A peça é ambientada durante a guerra de Princesa, ocorrida no Sertão da Paraíba, movimento separatista já totalmente inserido no contexto das lutas políticas que antecedem a Revolução de 1930. Em reescritura realizada em maio de 1958, exatos dez anos após a conclusão da primeira versão, Suassuna substituiu o título, mais poético, por outro, mais objetivo, mais diretamente ligado aos fatos que constituem a trama. Do ponto de vista formal, trata-se de uma tragédia em regra, construída a partir das clássicas unidades de lugar, tempo e ação, e com uma ambiência trágica que paira rigorosamente sobre todo o desenrolar da trama. 

Suscitada já nas estrofes que abrem a encenação, cantadas à luz de uma vela, essa ambiência trágica intensifica-se a cada diálogo, culminando nos versos que encerram o espetáculo, o belíssimo poema em decassílabos heroicos que começa e termina com o mesmo verso, “alguém morreu na estranha madrugada”. Partindo de uma guerra de proporções locais e consequências relativamente modestas, o autor consegue fazer de sua peça um contundente libelo contra todas as guerras, um grito, em suas próprias palavras, contra a guerra em si mesma, num tempo em que o mundo inteiro ainda procurava se recuperar do trauma sofrido com a Segunda Guerra Mundial, o conflito até hoje mais violento de toda a história humana, terminada havia apenas três anos. Encontra-se aí, sem dúvida, o elemento de supratemporalidade que faz de O Desertor de Princesa uma peça atual e necessária. Qualquer que seja a guerra, de um modo geral, os líderes políticos e os oficiais de alta patente, abrigados em seus palácios, quartéis e postos de comando, limitam-se a dar ordens, e muito provavelmente morrerão com a idade avançada e o peito cheio de medalhas; os jovens soldados, nas frentes de batalha, matam e morrem. O soldado que se recusa a cumprir o seu papel vira um desertor, e logo será condenado à pena capital, para que seu mau exemplo não contamine a tropa. Carlos Newton Júnior

 

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